Capítulo 22

Joseph e Demi tiveram que cumprimentar algumas pessoas quando chegaram ao baile. A morena varreu o salão com o olhar à procura de sua irmã e sua amiga. Sorriu quando viu Rose acenando. Indicou para Joseph a mesa de seus pais, fazendo-o se despedir das pessoas com quem falavam e ir até a mesa dos Lovato.
 - Tão contente por vê-los! - o senhor Lovato se levantou, dando um beijo na filha que nem se moveu, e um aperto de mão no genro. Arrumou o paletó, conferindo se as outras pessoas estavam vendo. Ele provavelmente estava se gabando por o casal ter ido logo à mesa deles, mas Demi só fora por causa de Rose.
 - Por que não se sentam conosco?
 - Gentileza sua, mamãe, mas já fomos convidados - Demi dispensou e a mais velha não gostou. - Venha conosco, Rose.
 - Está vendo? É uma ingrata mesmo, sempre foi. Na hora que mais precisamos dela, recusa a família deste jeito.
 - Eu avisei, mamãe - Lisie concordou, invejosa, enquanto seguiam com o olhar os três indo sentar afastados deles. Acomodaram-se na mesa que Nick e Selena estavam.
Demi contou para as duas mulheres o que acontecera na semana passada. Omitindo alguns detalhes por estar na presença do marido e Nick. Este que trocava toda hora um olhar cúmplice com Joseph, mas se fingia de surpreso quando ouvia o que Demi falava. Havia ajudado o Cavaleiro no dia da invasão nas terras dos miliciantes para libertar os pais de Júlio e outros presos.

Um cavalheiro tirou Rose para dançar, incentivando Nick e Selena a fazerem o mesmo. Joseph ia convidar Demi, mas foi interrompido pelo Barão Bachelard.
 - Sempre gratificante ver um jovem fazendeiro tão bem sucedido - o mais velho disse, encarando Joseph. Este que ficou surpreso com o elogio vindo do homem carrancudo e prepotente. Sua mulher era bem mais nova que ele e estava pendurada em seu braço como um troféu. - Vejo que arrumaste uma companheira à altura de andar ao seu lado. Outro passo importante para aumentar o poderio de um fazendeiro.
 - Com certeza causo inveja nos outros fazendeiros por ter Demetria ao meu lado, mas não só pela sua beleza; ela é uma mulher incrível - respondeu, antes que Demi desse uma resposta atravessada ao Barão. Ela manteu-se quieta, então. Algumas pessoas observavam os dois casais, cochichando sobre o que falavam. Barão Bachelard era muito importante na cidade. Sempre era bajulado e temido pelos fazendeiros. E vê-lo tomando a iniciativa de falar com Joseph havia sido um dos episódios mais comentados da noite. - Se o barão e a baronesa não se incomodam, estava retirando minha esposa para dançar quando chegaram.
 - Destemido, gosto disso - comentou, coçando sua barba e achando atrevida a atitude de Joseph. Poucos naquele salão teriam coragem de dispensá-lo. - Espero o casal para um almoço no feriado em minha fazenda.
 - Estaremos lá. Com licença.
Joseph deu um aperto de mão com o barão, antes de ir até a pista com Demetria.
 - Por que aceitou almoçar com esse homem repugnante? Ele comete atrocidades!
 - Minha vontade era de negar, mas achei estranho seu interesse em falar conosco - Joseph respondeu, enquanto dançavam. - Essa aproximação pode nos render bons frutos, visto que é ele quem dita as ordens no Conselho.
 - Bons frutos?
 - Sim, muito bons. Imagine que escândalo uma invasão na fazenda de Bachelard - sussurrou no ouvido dela, fazendo-a sorrir, entendendo o que ele pretendia. Era desses planos que Demi gostava. Fez o mesmo.
 - Imaginar o império dele destruído até me dá arrepios.
 - Sim, sinto o mesmo - concordou, soltando uma risadinha abafada que a arrepiou de verdade ao sentir o hálito dele sem seu pescoço. - Um império destruído e, consequentemente, uma cidade desestruturada, pronta para receber novas ordens. Isso me parece ótimo, e para você?
 - Bem excitante.

 - Ora, ora, o casal fachada! - Victor comentou, parando ao lado de Joseph e Demetria. Estes que nem deram a mínima, continuando a dançar, como se o homem não existisse. - Acham que já esqueci do que me fizeram, malditos?

Demi evitou rir, mantendo-se séria e dançando. O loiro se aborreceu com os dois por fingirem que ele não passava de uma assombração. Continou tentando provocá-los, falando besteiras. Demi e Joseph olharam um para o outro, rindo do homem que falava sozinho ainda. 

 - É engraçado, não? Vai ser mais ainda quando souberem o que aconteceu na festa de casamento do casal fachada.

 - Quem acredita em ti? - a morena debochou, olhando-o de cima a baixo de propósito. Sabia que ele odiava ser olhado com desdém. 

 - Ninguém, nem o próprio pai. Deve ser uma vida triste, não é, Demi?

Victor fuzilou Joseph com olhar, sentindo vontade de matar o homem por tratá-lo com desprezo. A morena concordou e riu. 

 - Devia segurar a língua dessa sua meretriz. Sei de muita coisa da sua vida de solteira…

 - Até me lembrei esses dias - Demi comentou, encarando o loiro. - Bateu uma saudade de te esfaquear e enganar. Um tolo como tu eras uma ótima distração.

Joseph e Demi riram, deixando o loiro furioso. A morena pegou uma taça de champagne e num rodopio com o marido, fez o líquido parar na roupa de Victor.

 - Oh! Perdão! - ela disse, deixando todo seu cinismo transparecer. Antes que o loiro falasse algo, deram mais um rodopio, fazendo o marido bater de propósito contra ele. 

 -  Acho melhor ir se trocar. 

E ele foi. Jurando morte aos dois. 

Demi e Joseph chegaram em casa animados e rindo sobre o acontecido no baile. Era inegável que a presença de Júlio havia os aproximado. 

Ela subiu, enquanto Joseph ia até o escritório. Olhou para a sua gaveta de camisolas e viu a que Claire havia costurado. Olhou para a porta e mordeu o lábio, em dúvida. Acabou pondo a camisola vermelha e sentando na penteadeira para poder escovar os cabelos que estiveram presos a noite toda. Caíram nos seus ombros bem ondulados por causa do prendedor. Ela sentiu um ventinho frio nas suas coxas expostas pelo pano de seda, sentando na cama. Fingiu estar mexendo em sua cabeceira quando Joseph entrou.

 - Victor ficou possesso. É melhor tomar cuidado quando fores à cidade. 

 - Fujo desse tolo há anos - respondeu, enquanto ele retirava suas roupas. Não deixou de notar suas costas. - Mas nunca o vi tão irritado como hoje. 

Joseph riu, seguido dela. Terminou de pôr sua roupa, indo na direção da cama. Não sem notar a vestimenta de Demi. A esposa estava maravilhosa. Sua pele parecia tão macia e convidativa. Queria há dias beijar seus lábios, pescoço, cabelos... Ele ficou um bom tempo perdido no seu corpo, despertando e deitando. 

 - Boa noite, Demi - ele disse, pronto para apagar a sua vela.

 - Espere - ela pediu, e o marido sentou. - Foi bem legal o que fizemos por Júlio. Fico feliz em saber que está disposto a ajudar as outras pessoas, pois esse também é o meu desejo.

 - Formamos uma bela dupla. 

Ele respondeu, dando um sorriso. Demi observou o homem por alguns segundos, sentindo uma vontade louca de provar do seu beijo mais uma vez. Decidiu parar de pensar, juntando seus lábios. Joseph pensou que estivesse delirando quando sentiu as mãos delicadas em seu rosto. Pôs imediatamente sua mão na nuca da esposa, correspondendo ao beijo. Calmo, lento, doce. Ele tinha certeza que seu coração sairia a qualquer momento. 

Virou a mulher, deitando-a na cama e ficando por cima, sem parar de beijá-la. Demi embrenhou as mãos nos cabelos do marido, correspondendo o beijo ardente. Joseph distribuiu beijos pela bochecha e pescoço dela bem lentamente. Queria aproveitar cada segundo daquele momento que ele havia tanto esperado e idealizado. Demi fechou os olhos, sentindo um arrepio correr seu corpo quando sentir a respiração em seu pescoço e a mão direita acariciando sua coxa.

Levantou o tronco, fazendo Joseph sentar. Os olhos verdes captavam cada movimento da morena, inebriados de desejo. Ela o encarou excitada, beijando sua boca novamente e dando uma mordida de leve. Afastou-se devagar, fitando o marido de novo. Na sua cabeça só se perguntava por que nunca havia enxergado o homem maravilhoso que estava do seu lado todo esse tempo.

Suspirou durante um beijo quando as mãos firmes encontraram sua pele por baixo da camisola. Não demorou muito para que chegassem até seus seios, os quais ele beijou e acariciou com carinho, quando desceu as alças do pedaço de pano. Demi gemeu, deixando-se deitar novamente. Pôs as mãos por baixo da camisa dele, tateando todo aquele peitoral. Não demorou para que as suas unhas descobrissem suas costas largas, quando suas intimidades roçaram.

Os gemidos se misturaram ao barulho forte da chuva que começara a cair. Joseph realizou seu desejo quando se movimentou dentro dela. Lento, fraco, sem pressa, fazendo-a choramingar pela tortura prazerosa. Ela soltou gemidos, estimulando-o e acabando com todo controle que ele tinha. A morena deu um sorriso, mordendo os lábios quando ele se movimentou rapidamente, e descansou o rosto em seu pescoço, ouvindo os grunhidos de Joseph. 

A esposa o abraçou como uma serpente, encarando ensandecida aqueles olhos maravilhosos pela última vez, antes de se desmanchar em prazer. 

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FINALMENTE!!! Já tava na hora da Demi enxergar o marido maravilhoso que ela tem, né? Bendito seja Júlio que ajudou essa aproximação! Haha. Espero muito que gostem dos capítulos! Obrigada pelos comentários! São tão motivadores... Enorme beijo!