Capítulo 19
Demi e Joseph jantaram normalmente. Nenhum dos dois comentou sobre o pedido de desculpas. Ambos já haviam se arrependido, não havia mais o que dizer, Demi pensava. Mas ficava incomodada com a situação em que se encontrava aquele casamento. Fizeram alguns comentários sobre o noivado de Selena e Nick antes de se retirarem.
Joseph estava ansioso. Ele sabia que o Cavaleiro havia marcado há tempos nesta madrugada para encontrar Demi. Queria poder beijá-la e passar a noite com a morena; queria mais, porém, que ela não fosse. O Cavaleiro ser mais importante que ele na vida de Demetria perturbava Joseph.
Sabia que ela o esperava dormir e saía sorrateiramente. Ele logo ia atrás dela, chegando depois e às vezes primeiro. Hoje, ele torcia para que nenhum dos dois chegasse à cabana.
Fingiu estar dormindo minutos depois de deitar, e sentiu quando Demi se remexeu.
Ela não conseguia dormir. Estava completamente dividida. Não sabia se ia ao encontro do Cavaleiro ou continuava ali com Joseph. Havia decidido mais cedo a não trair mais Joseph, mas de que adiantava se na sua mente só havia o Cavaleiro? O quarto escuro a fazia lembrar automaticamente dele. Suspirou, virando-se. E se fosse só pra avisar que não trairia mais o marido? No entanto, o Cavaleiro poderia pensar ser um ultimato. Estar obrigando-o a escolher não a ter, ou ter e ajudar a se livrar do casamento. Isso não! Por mais que fosse o que gostaria que ele fizesse. Seria o que alguém que a ama faria, não? Se é que ele a amava. Constatar isso doeu. Talvez ele não merecesse...
Virou-se mais uma vez e dormiu. Joseph também logo adormeceu, satisfeito.
- Joseph? Joseph? - Demi o sacudia levemente, ainda no escuro do quarto e na cama. Ele foi despertando, morrendo de sono. - Joseph? Acorde!
- O que houve?
- Estás ouvindo? - ela perguntou, ficando em silêncio. Uma forte tempestade caía lá fora. Ele curvou as sobrancelhas.
- Sim, uma forte chuva.
- Não, Joseph! Preste atenção no barulho! Parece alguém tentando arrombar a porta.
Ele então ficou em silêncio e Demi fez o mesmo, mantendo o rosto bem próximo do dele, e a mão que o sacudira, em seu peito. Joseph ouviu o barulho que Demi estava falando e achou muito estranho. Levantou-se da cama.
- Fique aqui - ordenou, acendendo o lampião e saindo do quarto. Demi revirou os olhos, indo atrás dele. Era óbvio que não ficaria ali. Os reflexos dos raios deixavam o corredor vez o outra iluminado, e foi nessa hora que Joseph levou um susto com a esposa. - O que estás fazendo aqui?
Ela o repreendeu, botando o indicador na boca, pedindo para que falasse baixo.
- Não tem ninguém por aqui. Judith me pediu para que os liberassem para comemorar o aniversário do filho de Enrique.
- Então devem ser elas tentando entrar, não?
- Não costumam voltar no mesmo dia - respondeu, descendo as escadas. Demi sentiu um pouco de medo nesse instante. Joseph era louco de liberar até os capangas?! E se fosse Victor querendo se vingar? Ela levou um susto quando ouviu um trovão estrondoso, descendo logo atrás do marido. O homem pegou sua espingarda escondida na gaveta na sala, dando o lampião para Demi e seguindo o barulho. Vinha da cozinha. A porta sacolejava muito e Demi se posicionou perto dos facões, caso algo a ameaçasse. Observou Joseph concentrado, como um caçador prestes a pegar sua presa. Tirou o trinco da porta rapidamente e logo na primeira sacolejada, ela se abriu e a pessoa caiu no chão da cozinha.
- Quem tu és? O que queres aqui? - ele perguntou alto, pisando um pouco abaixo do pescoço da pessoa e posicionando a arma na sua face. Eles ouviram grunhidos. - Responda!
Demi teve uma rápida memória de quando o Cavaleiro a interpelou. Joseph naquela posição e daquela forma havia a feito lembrar. Repreendeu-se por estar pensando nisso naquela situação e se aproximou da pessoa no chão, consequentemente iluminando.
- Oh, meu Deus! - ela exclamou assustada e nervosa. - Pare com isso! É uma criança!
Joseph curvou as sobrancelhas, fechando a porta. Desfez a posição de ataque, agora enxergando o pequeno garoto todo molhado no chão.
- Perdão, senhor! Não me machuque, por favor! - o garoto implorou, chorando. Demi o ajudou a levantar e quando ele gritou de dor, percebeu que sua perna sangrava. Joseph imediatamente o ajudou, enquanto pedia para Demi colocar novamente o trinco na porta.
Demi e Joseph encaravam o garoto comer desesperadamente e sem modo algum sentado à mesa. A mulher havia feito um curativo na sua perna e trocado suas roupas, descobrindo que seu nome era Júlio.
- Então, Júlio, como viestes parar aqui?
- Foi o Cavaleiro, senhor - o garoto respondeu, deixando o casal surpreso. Joseph achou estranho porque não havia saído naquela noite. Era impossível. Demi sentiu o coração palpitar só de ouvi-lo falar nele. - Quando o Cavaleiro libertou os escravos da fazenda de Baltir, meus pais estavam muito feridos e tivemos que nos esconder perto dali. Ele me disse para procurá-los, caso algo acontecesse.
Joseph então lembrou-se da família de Júlio. Ele sabia que havia se arriscado ao mandar o garoto procurá-lo, mas tinha certeza de que algo aconteceria aos pais do menino, lembrando de si mesmo anos atrás.
- O que aconteceu?
- Os capitães do mato nos acharam, e durante a fuga nossa carruagem quebrou. Meus pais me mandaram correr como nunca havia corrido antes até ver uma fazenda igual a essa. E eu corri.
Ele largou os talheres, cabisbaixo. Ameaçou a chorar novamente e Demi sentiu o coração apertado.
- Fique tranquilo, Júlio, aqui tu estás seguro. E tentaremos encontrar seus pais amanhã mesmo, não é, Joseph?
- Sim, com certeza - respondeu, e a morena sorriu para o menino. Ele levantou-se feliz, dando mil beijos na mão de Demetria.
- Muito obrigado, senhora! Muito obrigado, senhor!
- Você pode nos chamar de Demi e Joseph.
Eles deixaram que o menino dormisse no quarto de hóspedes, rumando depois para o quarto deles.
- Por que pareces preocupado, Joseph? - Demi perguntou, deitando-se. Desde que estavam observando o garoto comer, Demi percebeu a inquietação do homem.
- Não acho que Júlio está seguro. Provavelmente os capangas virão aqui. Foi arriscado da parte do Cavaleiro.
- Realmente, mas é só fingirmos que ele é filho de alguma empregada ou o escondermos. Para quem mente há tanto tempo para o Conselho, parece-me uma preocupação à toa.
- Espero que sim - ele disse, antes de desejar boa noite. A chuva havia parado e o frio parecia um inimigo imbatível para as cobertas. No meio da noite, Demi se deixou ser abraçada e permaneceram assim até de manhã.
GATAS! Quanto tempo, não?! Corri para atualizar para vocês e olha o horário! Espero que gostem e ainda se lembrem de mim, hahah. Se tiver algum erro, ignorem. Estou morrendo de sono para revisar, então vai assim mesmo, ok? Obrigada pelos comentários!!! Estou muito feliz com a quantidade, ver que estão acompanhando mesmo eu postando um capítulo a cada dois meses, quase. Feliz também porque leitora antiga voltou, aeeee. Gabi, minha diva, saudade! Assim que puder, respondo os comentários de vocês, gatonas. Beijos!!!♡
Joseph estava ansioso. Ele sabia que o Cavaleiro havia marcado há tempos nesta madrugada para encontrar Demi. Queria poder beijá-la e passar a noite com a morena; queria mais, porém, que ela não fosse. O Cavaleiro ser mais importante que ele na vida de Demetria perturbava Joseph.
Sabia que ela o esperava dormir e saía sorrateiramente. Ele logo ia atrás dela, chegando depois e às vezes primeiro. Hoje, ele torcia para que nenhum dos dois chegasse à cabana.
Fingiu estar dormindo minutos depois de deitar, e sentiu quando Demi se remexeu.
Ela não conseguia dormir. Estava completamente dividida. Não sabia se ia ao encontro do Cavaleiro ou continuava ali com Joseph. Havia decidido mais cedo a não trair mais Joseph, mas de que adiantava se na sua mente só havia o Cavaleiro? O quarto escuro a fazia lembrar automaticamente dele. Suspirou, virando-se. E se fosse só pra avisar que não trairia mais o marido? No entanto, o Cavaleiro poderia pensar ser um ultimato. Estar obrigando-o a escolher não a ter, ou ter e ajudar a se livrar do casamento. Isso não! Por mais que fosse o que gostaria que ele fizesse. Seria o que alguém que a ama faria, não? Se é que ele a amava. Constatar isso doeu. Talvez ele não merecesse...
Virou-se mais uma vez e dormiu. Joseph também logo adormeceu, satisfeito.
- Joseph? Joseph? - Demi o sacudia levemente, ainda no escuro do quarto e na cama. Ele foi despertando, morrendo de sono. - Joseph? Acorde!
- O que houve?
- Estás ouvindo? - ela perguntou, ficando em silêncio. Uma forte tempestade caía lá fora. Ele curvou as sobrancelhas.
- Sim, uma forte chuva.
- Não, Joseph! Preste atenção no barulho! Parece alguém tentando arrombar a porta.
Ele então ficou em silêncio e Demi fez o mesmo, mantendo o rosto bem próximo do dele, e a mão que o sacudira, em seu peito. Joseph ouviu o barulho que Demi estava falando e achou muito estranho. Levantou-se da cama.
- Fique aqui - ordenou, acendendo o lampião e saindo do quarto. Demi revirou os olhos, indo atrás dele. Era óbvio que não ficaria ali. Os reflexos dos raios deixavam o corredor vez o outra iluminado, e foi nessa hora que Joseph levou um susto com a esposa. - O que estás fazendo aqui?
Ela o repreendeu, botando o indicador na boca, pedindo para que falasse baixo.
- Não tem ninguém por aqui. Judith me pediu para que os liberassem para comemorar o aniversário do filho de Enrique.
- Então devem ser elas tentando entrar, não?
- Não costumam voltar no mesmo dia - respondeu, descendo as escadas. Demi sentiu um pouco de medo nesse instante. Joseph era louco de liberar até os capangas?! E se fosse Victor querendo se vingar? Ela levou um susto quando ouviu um trovão estrondoso, descendo logo atrás do marido. O homem pegou sua espingarda escondida na gaveta na sala, dando o lampião para Demi e seguindo o barulho. Vinha da cozinha. A porta sacolejava muito e Demi se posicionou perto dos facões, caso algo a ameaçasse. Observou Joseph concentrado, como um caçador prestes a pegar sua presa. Tirou o trinco da porta rapidamente e logo na primeira sacolejada, ela se abriu e a pessoa caiu no chão da cozinha.
- Quem tu és? O que queres aqui? - ele perguntou alto, pisando um pouco abaixo do pescoço da pessoa e posicionando a arma na sua face. Eles ouviram grunhidos. - Responda!
Demi teve uma rápida memória de quando o Cavaleiro a interpelou. Joseph naquela posição e daquela forma havia a feito lembrar. Repreendeu-se por estar pensando nisso naquela situação e se aproximou da pessoa no chão, consequentemente iluminando.
- Oh, meu Deus! - ela exclamou assustada e nervosa. - Pare com isso! É uma criança!
Joseph curvou as sobrancelhas, fechando a porta. Desfez a posição de ataque, agora enxergando o pequeno garoto todo molhado no chão.
- Perdão, senhor! Não me machuque, por favor! - o garoto implorou, chorando. Demi o ajudou a levantar e quando ele gritou de dor, percebeu que sua perna sangrava. Joseph imediatamente o ajudou, enquanto pedia para Demi colocar novamente o trinco na porta.
Demi e Joseph encaravam o garoto comer desesperadamente e sem modo algum sentado à mesa. A mulher havia feito um curativo na sua perna e trocado suas roupas, descobrindo que seu nome era Júlio.
- Então, Júlio, como viestes parar aqui?
- Foi o Cavaleiro, senhor - o garoto respondeu, deixando o casal surpreso. Joseph achou estranho porque não havia saído naquela noite. Era impossível. Demi sentiu o coração palpitar só de ouvi-lo falar nele. - Quando o Cavaleiro libertou os escravos da fazenda de Baltir, meus pais estavam muito feridos e tivemos que nos esconder perto dali. Ele me disse para procurá-los, caso algo acontecesse.
Joseph então lembrou-se da família de Júlio. Ele sabia que havia se arriscado ao mandar o garoto procurá-lo, mas tinha certeza de que algo aconteceria aos pais do menino, lembrando de si mesmo anos atrás.
- O que aconteceu?
- Os capitães do mato nos acharam, e durante a fuga nossa carruagem quebrou. Meus pais me mandaram correr como nunca havia corrido antes até ver uma fazenda igual a essa. E eu corri.
Ele largou os talheres, cabisbaixo. Ameaçou a chorar novamente e Demi sentiu o coração apertado.
- Fique tranquilo, Júlio, aqui tu estás seguro. E tentaremos encontrar seus pais amanhã mesmo, não é, Joseph?
- Sim, com certeza - respondeu, e a morena sorriu para o menino. Ele levantou-se feliz, dando mil beijos na mão de Demetria.
- Muito obrigado, senhora! Muito obrigado, senhor!
- Você pode nos chamar de Demi e Joseph.
Eles deixaram que o menino dormisse no quarto de hóspedes, rumando depois para o quarto deles.
- Por que pareces preocupado, Joseph? - Demi perguntou, deitando-se. Desde que estavam observando o garoto comer, Demi percebeu a inquietação do homem.
- Não acho que Júlio está seguro. Provavelmente os capangas virão aqui. Foi arriscado da parte do Cavaleiro.
- Realmente, mas é só fingirmos que ele é filho de alguma empregada ou o escondermos. Para quem mente há tanto tempo para o Conselho, parece-me uma preocupação à toa.
- Espero que sim - ele disse, antes de desejar boa noite. A chuva havia parado e o frio parecia um inimigo imbatível para as cobertas. No meio da noite, Demi se deixou ser abraçada e permaneceram assim até de manhã.
GATAS! Quanto tempo, não?! Corri para atualizar para vocês e olha o horário! Espero que gostem e ainda se lembrem de mim, hahah. Se tiver algum erro, ignorem. Estou morrendo de sono para revisar, então vai assim mesmo, ok? Obrigada pelos comentários!!! Estou muito feliz com a quantidade, ver que estão acompanhando mesmo eu postando um capítulo a cada dois meses, quase. Feliz também porque leitora antiga voltou, aeeee. Gabi, minha diva, saudade! Assim que puder, respondo os comentários de vocês, gatonas. Beijos!!!♡
Gosteeei mt..
ResponderExcluirEssa historia ai com o menino vai dar ruim.. U.U
Possta logoo
Aeeee, posta mais, ta cada vez melhor heheheh
ResponderExcluirAI AS DUAS FICS ESTÃO MARAVILHOSAS POSTA MAIS POR FAVOOOR
ResponderExcluirCara é tao bom quando eu entro aqui e vejo que vc atualizou a fic, e tao frustante quando vc nao atualiza... Mas cara continua o mais rapido possivel pq ta mtooo top! Quero a Demi caindo pelo
ResponderExcluirjoe logooooo!
Fiquei tão feliz que atualizou.
ResponderExcluirPfvr não demore muito para att :c
Fiquei tão feliz que atualizou.
ResponderExcluirPfvr não demore muito para att :c
Aaaaaaaaaah minha diva! Mds estou amando KOD, vc me pegou de jeito agora, pq amo fics de época! E sim eu volteeei kkk.. estou voltando aos poucos ao mundo das fics. Senti muito a sua falta anjo! Se sumir de novo vou atras de vc viu u.u kkk
ResponderExcluirBeijos minha diva! Até o proximo capitulo de KOD!
Ps: Por enquanto estou acompanhando somente KOD, mas logo começo a outra <3