Capítulo 8


O canto dos pássaros despertou Demetria. Abriu os olhos, focalizando o teto da cabana. Um sorriso apareceu em seus lábios, e ela fechou os olhos novamente, lembrando com quem havia passado a noite. Olhou para seu lado esquerdo e não viu mais o Cavaleiro ao seu lado. Sentou-se, puxando o lençol e olhando toda a cabana. O braço do homem passou toda a noite ao seu redor, ela sentiu.
Resolveu se arrumar, pois seus pais não poderiam dar falta dela. Qual desculpa daria?
Imaginou que o Cavaleiro tivesse tido um imprevisto.
Antes de sair, focalizou uma rosa na mesa onde ele provavelmente escrevia os bilhetes para ela.

*Perdoe-me por não poder estar aí neste momento. Aposto que me surpreenderia estando mais bela ainda. Dizem que o mundo foi feito para dois e só vale a pena viver se alguém está amando você... Querida, agora você é amada.*

Demi sentiu seu peito gritar e o sorriso abrir automaticamente. Ele a amava! Oh, essa sensação era boa demais.
Guardou com todo amor o papel, e teve uma surpresa ao sair da cabana. Florence estava amarrada numa árvore e relinchou ao ver a dona.
Como o Cavaleiro podia pensar em tudo?

Não teve dificuldade para chegar em sua casa, havia prestado atenção no caminho da floresta até a estrada de terra.
Entrou pela cozinha com todo cuidado. A empregada ainda não estava de pé fazendo o café e ela suspirou aliviada. Sinal de que todos ainda dormiam.
Cruzou a sala vazia e abriu a porta de seu quarto. Levou um susto ao encontrar seus pais e suas irmãs.
  — O que estão fazendo aqui?
  — Por que tu não estavas aqui? — seu pai perguntou bravo. Ela engoliu seco. — Por que chegaste a essa hora e silenciosa como um ladrão?
  — Tive uma noite muito conturbada e resolvi dar uma vol--
  — Não minta! — o senhor Lovato esbravejou furioso, fazendo os pelos da filha eriçarem. Seu pai nunca havia falado assim com ela. — Como pôde fazer isso conosco? Sua família?!
Antes que Demetria pudesse interrogar, sua mãe jogou os bilhetes do Cavaleiro e as rosas despedaçadas à sua frente. A morena gelo e arregalou os olhos. Aquilo não podia estar acontecendo!
  — Como...? — ela murmurou para si mesma e seu olhar parou em Lisie. Esta que dava de ombros para ela, com um sorriso cínico. Tinha sido ela! A irmã já vinha fuxicando sua vida há um tempo. Sentiu vontade de arrancar os cabelos loiros, fio por fio.
  — Era esse seu plano? Deixar nossa família na miséria, sua egoísta?
  — Mamãe, eu não podia ver papai tomando as decisões erradas e--
  — E tu tomaste a decisão correta?! — Patrick perguntou, dando uma risada totalmente sarcástica. — Ainda está envolvida com esse bandido, vagabundo que destrói as propriedades alheias... Tu és uma decepção, um desgosto nessa família.
  — E o senhor era o homem mais honesto fazendo negócios ilegais, não é? — perguntou irônica e levou um tapa no rosto que ardeu imediatamente. Ela demorou para acreditar que o pai tinha mesmo a batido. Olhou incrédula para ele que só sentia raiva e desprezo.
  — Não ouse. Tuas mordomias e intromissões acabaram a partir de hoje, nesta casa. Darei sua mão agora mesmo para o senhor Tristan, pois não suporto conviver no mesmo teto que uma imunda nem por um minuto.
  — Minha mão? — ela perguntou, voltando à realidade. Não, não podia ser verdade. — Não, por favor, papai, não!
Ela não teve tempo de se aproximar, pois o pai ordenou que todas saíssem e trancou Demetria em seu quarto. A morena bateu na porta, gritando para que alguém voltasse ali, mas nada. Precisava sair dali, precisava avisar o Cavaleiro.
  — Oh, meu Deus, não! — ela murmurou desesperada ao ver sua janela pregada. Nunca conseguiria falar com ele. Chorou desesperadamente. O paraíso havia se transformado em inferno.

De tanto chorar, a mulher havia pegado no sono. Acordou no chão, debruçada na cama e com a porta do seu quarto sendo aberta. Sua irmã entrou com uma bandeja de comida e Demetria voltou a chorar.
  — Por favor, Rose, deixe-me explicar — ela pediu, segurando a irmã. Esta que fechou a porta e sentou na cama, pronta pra ouvir.
  — Tu és tão fria ao ponto de apunhalar sua família e não sentir remorso? Eu me ofereci para casar com sete homens dessa cidade para ajudar papai, enquanto tu acabas conosco?!
  —  Rose, tu sabes que papai estava se enforcando ao fechar aqueles negócios! Eu só quis ajudá-lo! Ele podia até ser morto!
  — Morta pode ser tu, se os fazendeiros descobrirem que és comparsa do bandido!
  — Eles vão contar? — ela perguntou preocupada.
  — Não, papai não lhe quer morta, só longe daqui.
  — Eu não posso casar com esse homem, tu sabes que foi o que sempre temi e evitei toda essa vida, por favor, me ajude!
  — Por que deveria? Não pensaste em mim quando destruiu nossa casa — respondeu magoada, indo embora. Demi afundou na cama, pensando no que fazer. Rose era sua única esperança.

Uma semana se passou e Demetria continuava trancada em seu quarto. Seu pai continuava irredutível, mas sua mãe com um pouco de pena. Isso porque Demetria se recusou a comer. Estava fraca, pálida e depressiva em sua cama. Dizia preferir morrer a casar-se com Tristan, um velho nojento como Lockwood.
  — Olá, senhorita Lovato — Joseph quase correu até Rose, beijando sua mão. Esperou toda semana algum Lovato aparecer na cidade. — Como estás?
  — Bem e o senhor?
  — Bem, também — respondeu, acompanhando a dama até o coche. — Percebi que estão um pouco sumidas...
  — Estamos muito atarefadas.
  —  Diga-me, e sua irmã? Tens falado de mim? — ele perguntou com um sorrisinho, fazendo Rose achar graça.
  — Não, lamento, senhor Jonas — respondeu, subindo no veículo. — Aliás, Demi está noiva e se casará em breve.
Joseph ficou confuso e não pôde perguntar mais nada, pois a mulher já havia ido.
Casar? Demetria? Algo de muito estranho estava acontecendo e ele não gostou nada disso.

  — Eu... não quero — Demi sussurrou fraca, fazendo Rose entrar em desespero. Não podia ver a irmã se matando! Seu pai conseguia, mas ela não.
  — Chega! Eu não aguento mais! Faço qualquer coisa para que comas, minha irmã.
 Demetria não se moveu, não estava acreditando.
  — Eu deixo que encontres o Cavaleiro escondida! — a loira apelou com o coração partido. Demi direcionou o olhar a ela, interessada e Rose se animou. — Por favor, coma, eu suplico.
  — Promete?
  — Prometo.
Demi então permitiu que a irmã lhe desse a comida. Comeu tudo e mais um pouco para poder se recuperar e encontrar o seu amor. Só ele poderia salvá-la nesse momento.

Quando o homem pôs os olhos na mulher frágil e à espera dele, correu até lá. Era a quinta noite que passava pela estrada, na esperança de ver a amada. Cheio de saudade e preocupado, a envolveu com amor. Demi o abraçou forte, sentindo-se finalmente bem em semanas. Mas doía ao lembrar que voltaria para a prisão do seu quarto.
  — Não temos muito tempo — ela se afastou para poder explicar. — Minha família descobriu sobre nós e agora estão me mantendo presa, até o dia do casamento.
  — Casamento?
  — Meu pai deu minha mão ao senhor Tristan. Ele está enlouquecido de ódio e decidido a me casar.
  — Cretino — o homem esbravejou. — Este casamento não acontecerá, eu prometo. Fique tranquila, darei um jeito.
  — Obrigada — ela agradeceu, dando um sorriso murcho. O Cavaleiro a beijou e Demi correspondeu, abraçando-o mais. Aquele poderia ser o último beijo, ela pensou. Mas confiava nele e sabia que conseguiria.
  — Finja que aceitou o casamento para poder ter maisliberdade — ele aconselhou, e ela assentiu.
 Trocaram um último beijo até ouvirem a voz de Rose e Demi precisou voltar. O homem já estava pronto para atacar a fazenda do senhor Tristan.

3 dias...
Demi estava com Rose e Ariela no jardim. A morena ouviu o conselho do Cavaleiro, e fingiu estar conformada com sua situação. Seus familiares acreditaram — menos Rose que sabia de toda história — e assim ela teve mais liberdade.
Demi estava preocupada. Mesmo com o senhor Tristan na miséria, seu pai não havia desistido do casamento. Isso doeu nela. Patrick a queria longe de qualquer jeito, e era perceptível no olhar cheio de desprezo e nojo que ele a direcionava. Precisava falar com o Cavaleiro novamente e torcia muito para que Rose deixasse. Para ela, só havia uma saída: fugir.
  — Não é, Demi? — Ariela perguntou, fazendo a irmã despertar. Não ouviu nada que a mais nova disse.
  — Como?
  — Eu disse que tu preferes saiote no teu vestido de noiva, mas Rose discordou.
  — Ah... — ela emitiu, simplesmente, ao lembrar-se que ainda provaria o vestido. Teria que conter-se para não rasgá-lo todo com suas unhas. — Pouco me importo com isso.
Ariela a encarou incrédula e começou a reclamar, sendo ignorada por Demetria. Esta que prendeu sua atenção no coche que entrava na fazenda de seu pai.
  — Sabe se papai está esperando alguém, Ariela? — Rose perguntou, também interessada. A mais nova negou, já curiosa. Demi desejou com todas as suas forças que não fosse uma visita surpresa do senhor Tristan, pois não conseguiria continuar com sua encenação ao olhar o homem que a causava náuseas.
O coche parou e elas se aproximaram. O homem desceu e as três logo o reconheceram. Joseph. Pela primeira vez Demetria havia ficado contente em vê-lo. Preferia aturar Joseph a Tristan.
  — Boa tarde, senhoritas — ele disse, abrindo seu melhor sorriso. Beijou as costas da mão de cada uma e demorou na de Demetria, como sempre, fazendo-a revirar os olhos. — O senhor Lovato está?
  — O tu queres?
  — Demi! — Rose repreendeu a ousadia da irmã, fazendo Joseph rir. As três estavam curiosas para saber o que trazia o homem até lá. — Sim, senhor Jonas, e me desculpe pela Demetria.
  — Sem problemas, afinal, tem a ver com a senhorita mesmo — ele disse, se referindo à Demetria que ergueu a sobrancelha, mais curiosa ainda. — Soube que irá se casar em breve e achei um absurdo.
  — Pois então concordamos em alguma coisa.
  — Tu também achas que eu deveria ser o noivo, sim? Darei um jeito nisso, amor — ele respondeu, acariciando o rosto dela. Demi deu um tapa na mão dele, adotando uma expressão séria.
  — Estás blefando...
  — Por que sempre achas que estou mentindo? — ele perguntou, mas ela não respondeu. — Roseline, poderia me levar até seu pai?
  — Claro, acompanhe-me.
  —  Com licença — Joseph disse, antes de seguir a loira. Demi observou, receosa. Quando ela pensou que sua situação não podia piorar, aparecia ele.
  — Meu Deus, que homem é esse? Estou sem fôlego! — Ariela comentou, agarrada no braço de Demetria. — Tu és tão sortuda...
  — Fique quieta, tu não sabes o que fala — a morena revirou os olhos e puxou a irmã, indo atrás dos dois. — Achas possível ele conseguir minha mão?
  — Seria um sonho, mas papai já acertou com Tristan e está irredutível.
  — Ótimo! — Demi comemorou ainda receosa, fazendo a mais nova ficar espantada. Ariela não entendia por que a irmã preferia casar com o velho Tristan.

Patrick e Joseph ficaram uns vinte minutos no escritório conversando. Vinte minutos que pareceram horas para a mulheres que aguardavam ansiosas na sala. Demetria desistiu de ficar ali, e resolveu voltar para o jardim. Rose a acompanhou.
  — Fui eu quem disse a ele que tu estavas noiva v a irmã confessou, como uma criança com medo da reação dos pais. Demi a olhou feio.
  — Por que fizeste isso? Sabes que detesto esse homem.
  — Não foi nada pensado, nos encontramos ao acaso e comentei, normalmente.
Demi suspirou, parando em uma árvore.
  — Tudo bem, tu não tens culpa. Esse senhor Jonas que está doente e cismou comigo.
  — Doente de amor? Pois concordo, então.
  — Amor?! — Demi riu incrédula, prestando atenção nos pássaros e ignorando a sandice da irmã.
Segundos depois, seu pai e Joseph apareceram na porta de sua casa, e as duas irmãs observaram, curiosas. Estavam longe e por isso não conseguiram entender o que eles falavam, enquanto apertavam as mãos.
Joseph se despediu e começou a descer a enorme escadaria. E claro, foi em direção à Demetria. Esta que não tirou os dele até que parasse na sua frente.
 — Conte-me como foi sua tentativa falha, estou ansiosa.
  — Não houve falha, foi muito bem sucedida — ele respondeu, fazendo a morena o encarar, séria. Ela desencostou da árvore, ficando ereta.
  —  Como é?
  —  Em três dias seremos marido e mulher — Joseph disse orgulhoso e ansioso. Observou a expressão surpresa dela, e teve vontade de beijar a mulher naquele instante. Demi riu, não acreditando no que ouvia.
Ele vasculhou o bolso da calça, e tirou uma caixinha preta aveludada. A mulher acompanhou e seu peito apertou ao perceber que era verdade mesmo. Antes que ele pudesse falar alguma coisa, ela se desesperou.
  — Por que trouxeste isto se nem sabia se conseguiria minha mão?
  — Porque vim aqui hoje para conseguir ou conseguir — respondeu, aproximando-se dela, e colocando a caixa que continha o anel de noivado em sua mão. — Estou obcecado pela senhorita, e se eu não impedir que cases com outro homem, será o maior erro da minha vida.
  — E a minha vida? Já parou para pensar se é isso que eu quero?
  — Tu esqueceste que sou perceptivo? — ele perguntou, agora ficando bem próximo dela, com outro passo. — Queria que houvesse tempo para que tu pudesses me conhecer e para que eu pudesse conquistá-la. Mas seu pai está decidido a te casar, e eu não posso perdê-la. — pegou carinhosamente nas mãos dela e a encarou. — Não te arrependerás, tenho certeza.
 Ela o encarou, não acreditando no que ouvia.
  — Vá para o inferno! — esbravejou e tacou a caixa do anel em Joseph, antes de andar apressadamente até as escadas. Rose esbugalhou os olhos, ficando vermelha pela má educação da irmã. Joseph pegou a caixinha do chão, guardando em seu bolso.
  — Novamente peço desculpas pela minha irmã, senhor Jonas. Ela está um pouco nervosa esses dias, mas sei que a notícia a deixou feliz — Rose mentiu, tentando convencer Joseph a não desistir do casamento. Mas ele não desistiria.
  — Esses dias?! — ele perguntou zombando e riu. A loira deu um sorriso sem graça, não sabendo mais o que fazer ou dizer. — Não voltarei atrás, diga a ela que estou ansioso, por favor, senhorita Roseline. Até mais.
Ele se despediu, depositando um beijo na mão da mulher.
Sorriu enquanto caminhava até o cochê. A grosseria não o espantava, quando lembrava do quão amorosa ela podia ser. Seu próximo passo era conquistá-la como Joseph.

  — Tu estás fora de si?! — Rose perguntou exasperada, assim que entrou no quarto da irmã. Esta que estava jogada na cama, pensando no que faria. — Como pode fazer isso com o senhor Jonas? Ele é tão gentil!
  — Pois então case-se com ele!
  — Casaria mesmo se ele fosse capaz de dar duas terras herdadas e produtivas a papai pela minha mão!
  — Ele fez isso? — Demi perguntou surpresa, encarando a loira. Aquilo era um absurdo. Nenhum fazendeiro seria capaz de negociar tanto por um casamento. Era burrice, sairia no prejuízo.
  — Sim, uma burrice, não é mesmo? O amor nos leva a fazer essas coisas...
  — Isso só prova o quanto ele é um doente! Aliás, não deve nem ligar para essas terras. Devem ter sido conquistadas com ajuda de bandidos e dinheiro ilegal.
  — Desisto!
  — Ei, Rose, preciso te pedir um favor! — ela segurou a irmã pelo braço, sentando na cama. Pela face de Demetria, a loira já sabia o que era. E havia permitido que ela visse o Cavaleiro mais uma vez.

                                                    

Oi, lindonas! Como vocês estão? Viram o bafão?! Demi se ferrou legal! E o que dizer desse Joseph que dá o dinheiro dele todo sem dó para conseguir essa mulher? Ow, Demi, facilita aí! Daqui a pouco o homem vai falir por sua causa. 
Esse encontro da Demi com o Cavaleiro vai ser meio bafônico também. O que posso dizer mais? Ah, vai rolar uma casamento forçado aí... Olha o spoilerrrrrrr, eu não me controloooooooooo!!!
*Ah, créditos a Laninha Del Rey no bilhete. Adoro a letra de Video Games e não pude deixar de colocar!!!
Mas mudando de assunto, alguém fez ENEM aí? Como foram? Quero saber tudo.
Beijos! 


Comentários

  1. Agr q ela descobre q o cavaleiro é o Joseph q eu sei kkkkkkkk POSTA

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  2. ishi gente, deu ruim. Que doidera, essas irmãs da Demi ninguém merece... Só tô começando a gostar um pouco da Rose u_u pq será né? ueuheuhe quero ver esse encontro da Demi com o cavaleiro logooo agora que vc deu spoiler, sua ridicula ¬¬
    Achei ótima essa ideia da greve de fome que a Demi fez, vou fazer pra conseguir as coisas euheuheuheu
    Vai demorar uns 2 anos pra eu poder fazer enem ainda euehuehuh mas quem sabe eu faça por experiencia só
    posta logoooo linda
    bjao

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  3. Mal posso esperar para ver a reacao de demi quando descobrir que joe e o.cavalheiro kkkkkkk quero ver o casamento tb,sera que demi tentara fugir para nao se casar? _kkkkkkkk ai mds ja fo imaginando a doidera que vai ser. Enfim vou lhe falar viu? Que fic viciante,poderia fazer maratona. Para nossa alegria <3 posta logo pls
    Ps: nao demore anossszz pra postar plmdds :(

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  4. POSTS LOGO MULHER PLMDDS :(

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