SMCG - 09
Sábado, 19h45min - Festa.
Eu já estava sofrendo antes mesmo de entrar na casa de Ludi. Essas festas que minha mãe arrumava eram uma merda. Sempre o mesmo tédio. Dona Denise sempre fazia ameaças para me ter presente. E dessa vez eu nem pude contestar, já que ela estava brava comigo pela briga de sexta.
— É muita injustiça vocês me arrastarem para cá — resmunguei para meu pai, deixando minha mãe ir na frente. Ele suspirou, passando seu braço por meu ombro.
— E você acha que eu gosto?
— Eu podia estar com meus amigos, me divertindo — falei alto para que minha mãe ouvisse, e deu certo, já que ela olhou para trás com os olhos semicerrados.
— Arrumando briga, você quer dizer, né? Olha só essa vermelhidão na bochecha... Que vergonha! — replicou, ainda cismada com a briga. Bufei entediado. Eu nem arranjava briga! Era pra ela relevar essa. Já sabia que encheria meu saco, mas estava satisfeito por ter socado Brian. — Mesmo não merecendo, você vai gostar de hoje, eu sei que sim.
Eu duvidava e muito. Quando chegamos tive que tatuar o sorriso para os amigos dos meus pais, até se cansarem de mim. Depois Ludi me levou até o quarto onde os sofredores como eu ficavam.
Um nerd gordo, três pirralhos retardados, um rockeiro antissocial e mais pirralhos.
Tratei de voltar logo para a sala de estar, num canto bem afastado dos adultos. Poderia morgar em paz!
Nem me distrair eu poderia, meu celular estava com a cretina ainda.
- Que. Merda.
Eu nem tinha ouvido a campainha tocar, mas as risadas mais altas chamaram minha atenção. Nem acreditei quando vi pernas novas em meio às titias da festa. Elas eram de Demetria. O que era estranho, já que ela nunca participava das festas da Ludi. Estava com um vestido de oncinha, e uma tipóia no braço. Era muito bom ter alguém gostosa pra olhar.
Eu aposto que isso era coisa da minha mãe. De repente, todos os olhares se voltaram para mim, me deixando desconfortável. Dona Denise e Demi passaram a caminhar em minha direção.
— Gostou da surpresa, filho? Tinha que me gabar pela minha nora maravilhosa. Ganhei a notícia do ano por isso. Evelyn já está se roendo de inveja!
— Parabéns, mãe — respondi sem nenhuma emoção, fazendo-a me dar a língua. Oh, meu Deus! Ela voltou a sorrir, ainda segurando Demi. Parecia uma retardada. — Vocês vão ficar aí criando raízes?
— Oh, é verdade! Vou deixar vocês, meus amores.
Dito, ela disse algo no ouvido de Demi, indo a encontro das amigas. A morena se sentou do meu lado, e eu esperei que parassem de prestar atenção na gente.
— Tá vendo o que você fez? Até te apresentar como nora para as amigas dela, ela apresentou. Sabe o que isso significa? Estamos ferrados!
— Te fiz um favor, isso sim. — ela respondeu, ajeitando-se. — Elas já deviam estar achando que você era gay.
— Duvido muito...
— O que isso no seu rosto? Ah! Não acredito! — ela riu da minha cara, me deixando com raiva. — Você deixou Brian te bater?! Que decepção, Jonas!
— Isso foi um deslize... Ele recebeu em dobro.
— Imagino... Descarregou toda a raiva acumula de anos nele? — perguntou, cruzando as pernas. Estava escrito na sua testa que ela acordou a fim de me irritar.
— Raiva de anos?
— Sim, pois você sempre ficava bravo quando me via com Brian, lembra? Sempre muito ciumento, Jonas.
— Desde quando eu tenho ciúme de você? Bateu a cabeça, foi? — perguntei e ela sorriu, chegando mais perto de mim.
— Desde quando você se declarou para mim. Disso você lembra, não é mesmo? — respondeu, fazendo aquela cara de cínica que eu detestava. Aquela safada estava jogando na minha cara e eu não tinha como negar. - "Oi, Demi.Você está linda hoje. Desculpa te incomodar, mas você sabe que eu gosto muito de você. Quer ir ao baile comigo?"
— Nossa, quando foi isso? 1975?
— Você sabe — riu de mim mais uma vez, lembrando-se. — Hilária foi sua cara de nada quando Brian disse que eu iria ao baile com ele.
— Há.há.há. Realmente, muito engraçado.
— Mas o melhor dia foi quando disse que gostava de mim. Depois eu até fiquei com peninha de você.
— Eu tinha merda na mente, porque pra querer você... — repliquei, rindo. Seu sorriso diminuiu um pouco. Toma, cretina!
— Até carta pra mim você mandava. Não se tocava do quão chato e entediante você era. Mas era legal rir e brincar com você — disse me irritando ainda mais. Falar naquilo me deixava furioso, pois eu não aceitava ter sido tão babaca. Demetria era um nojenta, desprezível! Eu detesto ainda mais essa garota.
Levantei, deixando aquela irritante lá. Queria mais que ela explodisse.
Explodisse e acabasse com aquela merda de festa.
O corredor estava vazio. Ou eu voltava pra sala, ou ia socializar com os retardados. E não tinha opção menos pior! Encostei na parede vinho, entediado.
Minutos depois eu ouvi barulho de saltos e me arrependi de ter aberto os olhos. Demetria não me deixava em paz.
— O que está fazendo?
- A companhia do nada é melhor que a sua — respondi, enfiando as mãos nos bolsos. Elas se pôs ao meu lado.
— Não foi o que me disse no primeiro ano...
— Estamos no terceiro, caso não se lembre. E olha que engraçado, você que corre atrás de mim agora.
— Corro atrás de você? — riu, ainda ao meu lado. Eu odiava quando ela assumia pose de superior. — Eu nem sequer gosto de você, Joseph.
— Como se eu me importasse... — debochei, voltando à sala. Que raiva daquela cretina! A defendi, levei um soco, suspensão, bronca da minha mãe e era assim que ela agradecia? Não merecia mesmo.
Meu pai se pôs ao meu lado, em silêncio. Mas logo entendi tudo, quando pôs a mão no bolso, puxando sua chave. Abri um sorriso agradecido e peguei a chave. Cruzei a sala até a cozinha, pois teria que sair pelos fundos. Minha mãe não precisava ficar sabendo.
Finalmente eu ficaria livre de toda essa chatice.
— Aonde vamos? — Demi perguntou, surgindo na cozinha. Bufei, saindo e já indo para o elevador.
— Por que você não some?
— Nós somos um casal. As pessoas achariam estranho você me deixar sozinha lá.
— Vem logo, Lovato — a puxei para dentro do elevador. Seguimos para o estacionamento e entramos no carro. Ela ficou quieta e a vida ficou maravilhosa novamente. Parecia até um anjo calada... Uma pena falar e falar.
Minutos depois ela resolveu acabar com a paz. Como sempre.
— Está me levando para minha casa? — perguntou parecendo estar brava e eu assenti. — Você acha que me arrumei à toa?! Desmarquei meus compromissos para passar o resto do sábado em casa?!
— Reclame com sua sogra.
Ela não gostou do meu deboche, mas eu estava pouco me importando.
— Vire à esquerda, vamos para o centro — ordenou, cruzando as pernas, como se fosse uma rainha. Ri dela e continuei ir reto. — Joseph!
— Eu quero ir para casa, não tem nada para fazermos no centro.
— Claro que tem! Será que eu vou ter que me jogar do carro de novo? — perguntou enfezada. Eu preferia não duvidar de Demetria, por isso travei a porta, fazendo-a bufar. Além de uma tipoia no braço, ela queria gesso por todo corpo? — Vamos lá, Jonas. Você está me irritando...
— Bom saber disso.
— Bom saber, é? Você vai ver o que é bom! — ela disse, vindo como um animal pra cima de mim, me batendo e atrapalhando minha visão. Por um momento eu fiquei desesperado, porque Demi tampou minha visão completamente e seu corpo descontrolava o volante. Freei rapidamente, segurando seu pulso e tentando tirá-la de cima de mim.
— Você está louca?! Quer morrer? Pare com isso!
— Eu só quero ir para o centro! - respondeu, voltando a se sentar no banco do carona. Essa mimada inconsequente podia ter provocado um acidente com toda essa palhaçada! Pus minhas mãos no volante novamente, e respirei fundo para não estrangular Demetria.
— Você tem noção do que acabou de fazer, sua mimada?
— Sim. Meu braço está latejando por causa disso e a culpa é toda sua! Eu quero me divertir! O que você tem tanto para fazer em casa?
— Lovato... Só cala a boca.
Ordenei a olhando feio. No momento eu preferia acatar seu pedido, a discutir com ela e provocar sérias consequências. Porque essa louca mimada faz o que lhe vem à cabeça e me faz querer bater a cabeça dela contra o vidro ou estrangulá-la.
A cretina abriu um sorriso, assim que me viu dando ré com o carro. Era para o centro que ela queria ir? Então eu deixaria essa maldita plantada lá.
Meu plano de deixá-la sozinha no centro não deu certo por motivos de: eu ser um otário. Demi me obrigou a acompanhá-la, e eu, como bom idiota que sou, acompanhei. De início eu não sabia aonde estávamos indo, mas Demi encaixou seu braço no meu, me guiando. Fomos nos aproximando de um salão de festas, e não entendi nada.
— Mas o qu--
— Não diga nada, apenas concorde — disse, me interrompendo e logo paramos em frente à recepcionista, e dois seguranças. — Boa noite.
— Boa noite. Nomes?
— Taylor e Paul — Demi respondeu, me fazendo curvar as sobrancelhas. Ela estava louca! Como mente cinicamente e ainda me mete nisso? A recepcionista procurava os nomes na lista, e para minha surpresa, encontrou.
— Uma boa festa, senhores!
Entramos no salão que já continha bastante gente, e pelo banner digital, vi que era uma festa de casamento. Andrew e Heloise. Nunca os vi na vida, e aposto que Demi também não.
— Como você sabia que os nomes estavam na lista?
— São comuns. Sempre tem uma Taylor e um Paul.
— Nós somos penetras, doida. Vão nos descobrir.
— Hmm, que doce maravilhoso! — ela fingiu não me ouvir, mordendo um doce que parecia ser de chocolate, e virou-se para mim, o enfiando na minha boca. — Experimenta!
Eu nem tive tempo de negar. Ela riu, me puxando para a mesa de doces. E não é que era gostoso mesmo? Olhei em volta, já imaginando o vexame que seria quando nos expulsassem dali.
— Oh, eu vou te matar, Demetria!
— Estamos há quarenta minutos por aqui e ninguém nos expulsou, por enquanto — comentei, conferindo no relógio, fazendo-a revirar os olhos. Eu e Demi arranjamos uma mesa, e os garçons logo vieram nos servir. Ficamos sentados todo esse tempo, comendo e o que mais me deixava impressionado era a tranquilidade dela.
— Relaxa, Jonas. É só agir normalmente. Venha.
Levantou-se, me pegando pela mão, e cruzando o salão. A morena acenou para duas senhoras, e elas repetiram o gesto. Fez o mesmo com um casal e me incentivou a acompanhá-la. O bizarro era que as pessoas nos respondiam! Rimos com isso, e começamos a cumprimentar todos que cruzavam nosso caminho. A feição confusa de alguns era engraçado, outros nem percebiam que nem nos conheciam.
— Isso com certeza é mais divertido que a festa da Ludi.
— E você ainda queria ir para casa, Paul — Demi debochou, encaixando seu braço no meu, enquanto chegávamos na pista de dança. Com certeza estava melhor que a minha casa também.
— Cala a boca, Taylor.
☆☆☆☆
Ei! Quanto tempo! Espero que ainda tenha alguém aqui. Estou muito ocupada agora como eu previa, mas consigo escrever um pouquinho alguns dias. Dessa vez demorou bastante e espero que o próximo não demore. Espero que gostem dos capítulos e obrigada pelos comentários! Eles são o que mais incentivam!
Beijos
Eu já estava sofrendo antes mesmo de entrar na casa de Ludi. Essas festas que minha mãe arrumava eram uma merda. Sempre o mesmo tédio. Dona Denise sempre fazia ameaças para me ter presente. E dessa vez eu nem pude contestar, já que ela estava brava comigo pela briga de sexta.
— É muita injustiça vocês me arrastarem para cá — resmunguei para meu pai, deixando minha mãe ir na frente. Ele suspirou, passando seu braço por meu ombro.
— E você acha que eu gosto?
— Eu podia estar com meus amigos, me divertindo — falei alto para que minha mãe ouvisse, e deu certo, já que ela olhou para trás com os olhos semicerrados.
— Arrumando briga, você quer dizer, né? Olha só essa vermelhidão na bochecha... Que vergonha! — replicou, ainda cismada com a briga. Bufei entediado. Eu nem arranjava briga! Era pra ela relevar essa. Já sabia que encheria meu saco, mas estava satisfeito por ter socado Brian. — Mesmo não merecendo, você vai gostar de hoje, eu sei que sim.
Eu duvidava e muito. Quando chegamos tive que tatuar o sorriso para os amigos dos meus pais, até se cansarem de mim. Depois Ludi me levou até o quarto onde os sofredores como eu ficavam.
Um nerd gordo, três pirralhos retardados, um rockeiro antissocial e mais pirralhos.
Tratei de voltar logo para a sala de estar, num canto bem afastado dos adultos. Poderia morgar em paz!
Nem me distrair eu poderia, meu celular estava com a cretina ainda.
- Que. Merda.
Eu nem tinha ouvido a campainha tocar, mas as risadas mais altas chamaram minha atenção. Nem acreditei quando vi pernas novas em meio às titias da festa. Elas eram de Demetria. O que era estranho, já que ela nunca participava das festas da Ludi. Estava com um vestido de oncinha, e uma tipóia no braço. Era muito bom ter alguém gostosa pra olhar.
Eu aposto que isso era coisa da minha mãe. De repente, todos os olhares se voltaram para mim, me deixando desconfortável. Dona Denise e Demi passaram a caminhar em minha direção.
— Gostou da surpresa, filho? Tinha que me gabar pela minha nora maravilhosa. Ganhei a notícia do ano por isso. Evelyn já está se roendo de inveja!
— Parabéns, mãe — respondi sem nenhuma emoção, fazendo-a me dar a língua. Oh, meu Deus! Ela voltou a sorrir, ainda segurando Demi. Parecia uma retardada. — Vocês vão ficar aí criando raízes?
— Oh, é verdade! Vou deixar vocês, meus amores.
Dito, ela disse algo no ouvido de Demi, indo a encontro das amigas. A morena se sentou do meu lado, e eu esperei que parassem de prestar atenção na gente.
— Tá vendo o que você fez? Até te apresentar como nora para as amigas dela, ela apresentou. Sabe o que isso significa? Estamos ferrados!
— Te fiz um favor, isso sim. — ela respondeu, ajeitando-se. — Elas já deviam estar achando que você era gay.
— Duvido muito...
— O que isso no seu rosto? Ah! Não acredito! — ela riu da minha cara, me deixando com raiva. — Você deixou Brian te bater?! Que decepção, Jonas!
— Isso foi um deslize... Ele recebeu em dobro.
— Imagino... Descarregou toda a raiva acumula de anos nele? — perguntou, cruzando as pernas. Estava escrito na sua testa que ela acordou a fim de me irritar.
— Raiva de anos?
— Sim, pois você sempre ficava bravo quando me via com Brian, lembra? Sempre muito ciumento, Jonas.
— Desde quando eu tenho ciúme de você? Bateu a cabeça, foi? — perguntei e ela sorriu, chegando mais perto de mim.
— Desde quando você se declarou para mim. Disso você lembra, não é mesmo? — respondeu, fazendo aquela cara de cínica que eu detestava. Aquela safada estava jogando na minha cara e eu não tinha como negar. - "Oi, Demi.Você está linda hoje. Desculpa te incomodar, mas você sabe que eu gosto muito de você. Quer ir ao baile comigo?"
— Nossa, quando foi isso? 1975?
— Você sabe — riu de mim mais uma vez, lembrando-se. — Hilária foi sua cara de nada quando Brian disse que eu iria ao baile com ele.
— Há.há.há. Realmente, muito engraçado.
— Mas o melhor dia foi quando disse que gostava de mim. Depois eu até fiquei com peninha de você.
— Eu tinha merda na mente, porque pra querer você... — repliquei, rindo. Seu sorriso diminuiu um pouco. Toma, cretina!
— Até carta pra mim você mandava. Não se tocava do quão chato e entediante você era. Mas era legal rir e brincar com você — disse me irritando ainda mais. Falar naquilo me deixava furioso, pois eu não aceitava ter sido tão babaca. Demetria era um nojenta, desprezível! Eu detesto ainda mais essa garota.
Levantei, deixando aquela irritante lá. Queria mais que ela explodisse.
Explodisse e acabasse com aquela merda de festa.
O corredor estava vazio. Ou eu voltava pra sala, ou ia socializar com os retardados. E não tinha opção menos pior! Encostei na parede vinho, entediado.
Minutos depois eu ouvi barulho de saltos e me arrependi de ter aberto os olhos. Demetria não me deixava em paz.
— O que está fazendo?
- A companhia do nada é melhor que a sua — respondi, enfiando as mãos nos bolsos. Elas se pôs ao meu lado.
— Não foi o que me disse no primeiro ano...
— Estamos no terceiro, caso não se lembre. E olha que engraçado, você que corre atrás de mim agora.
— Corro atrás de você? — riu, ainda ao meu lado. Eu odiava quando ela assumia pose de superior. — Eu nem sequer gosto de você, Joseph.
— Como se eu me importasse... — debochei, voltando à sala. Que raiva daquela cretina! A defendi, levei um soco, suspensão, bronca da minha mãe e era assim que ela agradecia? Não merecia mesmo.
Meu pai se pôs ao meu lado, em silêncio. Mas logo entendi tudo, quando pôs a mão no bolso, puxando sua chave. Abri um sorriso agradecido e peguei a chave. Cruzei a sala até a cozinha, pois teria que sair pelos fundos. Minha mãe não precisava ficar sabendo.
Finalmente eu ficaria livre de toda essa chatice.
— Aonde vamos? — Demi perguntou, surgindo na cozinha. Bufei, saindo e já indo para o elevador.
— Por que você não some?
— Nós somos um casal. As pessoas achariam estranho você me deixar sozinha lá.
— Vem logo, Lovato — a puxei para dentro do elevador. Seguimos para o estacionamento e entramos no carro. Ela ficou quieta e a vida ficou maravilhosa novamente. Parecia até um anjo calada... Uma pena falar e falar.
Minutos depois ela resolveu acabar com a paz. Como sempre.
— Está me levando para minha casa? — perguntou parecendo estar brava e eu assenti. — Você acha que me arrumei à toa?! Desmarquei meus compromissos para passar o resto do sábado em casa?!
— Reclame com sua sogra.
Ela não gostou do meu deboche, mas eu estava pouco me importando.
— Vire à esquerda, vamos para o centro — ordenou, cruzando as pernas, como se fosse uma rainha. Ri dela e continuei ir reto. — Joseph!
— Eu quero ir para casa, não tem nada para fazermos no centro.
— Claro que tem! Será que eu vou ter que me jogar do carro de novo? — perguntou enfezada. Eu preferia não duvidar de Demetria, por isso travei a porta, fazendo-a bufar. Além de uma tipoia no braço, ela queria gesso por todo corpo? — Vamos lá, Jonas. Você está me irritando...
— Bom saber disso.
— Bom saber, é? Você vai ver o que é bom! — ela disse, vindo como um animal pra cima de mim, me batendo e atrapalhando minha visão. Por um momento eu fiquei desesperado, porque Demi tampou minha visão completamente e seu corpo descontrolava o volante. Freei rapidamente, segurando seu pulso e tentando tirá-la de cima de mim.
— Você está louca?! Quer morrer? Pare com isso!
— Eu só quero ir para o centro! - respondeu, voltando a se sentar no banco do carona. Essa mimada inconsequente podia ter provocado um acidente com toda essa palhaçada! Pus minhas mãos no volante novamente, e respirei fundo para não estrangular Demetria.
— Você tem noção do que acabou de fazer, sua mimada?
— Sim. Meu braço está latejando por causa disso e a culpa é toda sua! Eu quero me divertir! O que você tem tanto para fazer em casa?
— Lovato... Só cala a boca.
Ordenei a olhando feio. No momento eu preferia acatar seu pedido, a discutir com ela e provocar sérias consequências. Porque essa louca mimada faz o que lhe vem à cabeça e me faz querer bater a cabeça dela contra o vidro ou estrangulá-la.
A cretina abriu um sorriso, assim que me viu dando ré com o carro. Era para o centro que ela queria ir? Então eu deixaria essa maldita plantada lá.
Meu plano de deixá-la sozinha no centro não deu certo por motivos de: eu ser um otário. Demi me obrigou a acompanhá-la, e eu, como bom idiota que sou, acompanhei. De início eu não sabia aonde estávamos indo, mas Demi encaixou seu braço no meu, me guiando. Fomos nos aproximando de um salão de festas, e não entendi nada.
— Mas o qu--
— Não diga nada, apenas concorde — disse, me interrompendo e logo paramos em frente à recepcionista, e dois seguranças. — Boa noite.
— Boa noite. Nomes?
— Taylor e Paul — Demi respondeu, me fazendo curvar as sobrancelhas. Ela estava louca! Como mente cinicamente e ainda me mete nisso? A recepcionista procurava os nomes na lista, e para minha surpresa, encontrou.
— Uma boa festa, senhores!
Entramos no salão que já continha bastante gente, e pelo banner digital, vi que era uma festa de casamento. Andrew e Heloise. Nunca os vi na vida, e aposto que Demi também não.
— Como você sabia que os nomes estavam na lista?
— São comuns. Sempre tem uma Taylor e um Paul.
— Nós somos penetras, doida. Vão nos descobrir.
— Hmm, que doce maravilhoso! — ela fingiu não me ouvir, mordendo um doce que parecia ser de chocolate, e virou-se para mim, o enfiando na minha boca. — Experimenta!
Eu nem tive tempo de negar. Ela riu, me puxando para a mesa de doces. E não é que era gostoso mesmo? Olhei em volta, já imaginando o vexame que seria quando nos expulsassem dali.
— Oh, eu vou te matar, Demetria!
— Estamos há quarenta minutos por aqui e ninguém nos expulsou, por enquanto — comentei, conferindo no relógio, fazendo-a revirar os olhos. Eu e Demi arranjamos uma mesa, e os garçons logo vieram nos servir. Ficamos sentados todo esse tempo, comendo e o que mais me deixava impressionado era a tranquilidade dela.
— Relaxa, Jonas. É só agir normalmente. Venha.
Levantou-se, me pegando pela mão, e cruzando o salão. A morena acenou para duas senhoras, e elas repetiram o gesto. Fez o mesmo com um casal e me incentivou a acompanhá-la. O bizarro era que as pessoas nos respondiam! Rimos com isso, e começamos a cumprimentar todos que cruzavam nosso caminho. A feição confusa de alguns era engraçado, outros nem percebiam que nem nos conheciam.
— Isso com certeza é mais divertido que a festa da Ludi.
— E você ainda queria ir para casa, Paul — Demi debochou, encaixando seu braço no meu, enquanto chegávamos na pista de dança. Com certeza estava melhor que a minha casa também.
— Cala a boca, Taylor.
☆☆☆☆
Ei! Quanto tempo! Espero que ainda tenha alguém aqui. Estou muito ocupada agora como eu previa, mas consigo escrever um pouquinho alguns dias. Dessa vez demorou bastante e espero que o próximo não demore. Espero que gostem dos capítulos e obrigada pelos comentários! Eles são o que mais incentivam!
Beijos
oooiii,
ResponderExcluirto amando, posta maais
Ooooh ate q enfim. Tava ansiosa adoronsuas duas fics. POSTA
ResponderExcluirAeee voce postou tava com saudade de ler suas fics
ResponderExcluirPor favor não demore tanto kkk to adorando essa história e a Knight of darkness
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAMANDO
ResponderExcluirthais
Mana posta logo estou ansiosa pro proximo
ResponderExcluirPosta logo mana.
ResponderExcluirPelo amor do amor posta logo menima
ResponderExcluirAcho que ela é completamente apaixonada por ele, só não sabe lidar com os sentimentos dela. Estou curiosa pra saber sobre as ligações que ela recebe de casa e tem que sair correndo. Além de tudo é muito engraçado o medo que ele tem dela, a forma como ele chama ela de doida, como ela sempre aparece para empatar ele paquerando outras meninas. Acho ela autentica, mas tenho pena de como ela pisa nele sabendo que ele gosta dela. Pedi na outra história, vou pedir aqui também..... faz maratona por favor!!!
ResponderExcluirPosta logo, vc tá quase 2 meses sem postar quer nos matar menina, amando essa fic, e a outra tbm, mas essa me apaixonei
ResponderExcluirPosta logo .adoro esta história e a outra também.bbj
ResponderExcluirP E F E I T O!! Amando, posta logo pfv
ResponderExcluir